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Após o lançamento de 12 obras infatojuvenis pela Biblioteca Gralha Azul, em julho, a ABC Projetos Culturais anuncia a segunda edição do Festival Gralha Azul de Vivências Literárias, na próxima quinta e sexta-feira (11 e 12). O evento acontece no Sesc Estação Saudade e possui incentivo da Secretaria Municipal de Turismo e do Conselho Municipal de Turismo de Ponta Grossa, patrocínio da Continental e promoção da RPC.

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Como parte da programação do evento, as autoras e ilustradoras irão participar de rodas de conversa sobre as obras lançadas, que estão disponíveis para consulta e download gratuito no site da Biblioteca Gralha Azul. O evento também conta com palestras e atividades lúdicas que oferecem uma abordagem inovadora às obras literárias.

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Entre os objetivos do evento está o de proporcionar um espaço para troca de experiências entre autores e leitores, revelar novos talentos na literatura infantojuvenil paranaense e promover experiências com atividades interativas e brincadeiras para as crianças, aproximando esse público da literatura.

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Os 12 e-books foram produzidos por meio de um edital de concurso literário destinado a mulheres residentes ou naturais de municípios do Paraná com população entre 20 mil e 70 mil habitantes. Após a análise e seleção de 12 textos, as obras foram revisadas, editadas, ilustradas e diagramadas pela editora. 

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Programação

O evento inicia na quinta-feira (11), às 13h30, com o lançamento do projeto de Élio Chaves, intitulado “Chiquinho 16 anos”, que oferece ações através de música, contações de histórias e cenografia. A proposta é apresentar o personagem Chiquinho, da autora Marivete Souta, em um novo formato. A autora estará ao lado de Élio Chaves e Cristiane Donasolo nas atividades, que acontecerão no dia 11 e 12, também às 14h30 e 15h.

Das 14h às 17h, a programação conta com rodas de conversa com: Ana Carla Bellon e Ivana Lemos, autora e ilustradora da obra Esconde-Esconde; Jeinni Puziol e Isabela Marques (Ser em tempo real); Maria Regina Martins e Ana Kozuki (A magia das araucárias); Adrieli Reis Andreatta (A beleza da gentileza); Márcia Széliga (As aventuras de Sato e o Menino Azul); e Luzia Izete da Silva com Jéssica Romero (Cataratas, homens e deuses).

A ilustradora da obra A Magia das Araucárias, Ana Kozuki, comenta que o evento será um momento de muita troca, onde o público poderá conhecer melhor o processo de criação de um livro infantil ilustrado, além de uma forma de incentivar as crianças a desenvolverem hábitos de leitura e criatividade. “A grande maioria dos eventos literários e artísticos acontece no Sudeste do Brasil e o Festival de Vivências Literárias sai desse padrão. É um evento acessível que permite que pessoas de outras localidades também possam participar e conhecer novos artistas”, complementa a ilustradora. 

Ana ainda reforça que através do evento, autoras e ilustradoras paranaenses terão mais visibilidade, além de agregar para que a população compreenda a profissão do ilustrador: “Essa troca será muito importante para mostrar a seriedade da nossa profissão e a importância da ilustração não só no desenvolvimento da criança, mas também na vida dos adultos. Que possamos, através desse contato, incentivar as pessoas a consumirem, fazerem e valorizarem mais a arte.”

Para encerrar o primeiro dia de festival, contamos com a presença de Glória Kirinus, que traz a palestra: “Quando os Poetas Pensam a Educação”. Glória é doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), atua como professora universitária, tradutora literária e é autora de livros bilíngues de literatura infantil e juvenil, além de livros teóricos na área de Letras e Educação.

Na sexta-feira (12) as rodas de conversa iniciam às 14h e seguem ao longo da tarde, com a autora Cláudia Romaniuk e a ilustradora Alessandra Tozi (Greta); Luane Spak e Xenia Nauffal (Luna e as estrelas); Joeli da Paz Gelinski e Luna Vicente (Flores para Margarida); Heleir Reynaldo Silvério e Dhi Borges (A sabedoria e o celular); Cláudia Zippin Ferri e Camila dos Santos (A pulga Catarina); e Mónica Defreitas (Os Pitacos e o Portal Mágico).

Joeli da Paz Gelinski participou do primeiro festival e retorna nesta edição com uma nova obra. Para ela, o evento é uma inspiração: “o festival se utiliza de várias formas de expressão e isso atinge as diversas percepções do público, característica que eleva a sua qualidade, pois alcança as pessoas com diferentes gostos, em especial as crianças”. Além disso, ela destaca o sentimento de fazer parte da Biblioteca Gralha Azul e de participar do festival: “eu me sinto privilegiada e reconhecida, talvez mais do que eu poderia imaginar. Sinto que não foi em vão o sonho de ser escritora e o amor pela comunicação”.

Para Luane Spak, autora da obra “Luna e as estrelas”, o festival é uma oportunidade incrível para ela como escritora: “eu não imaginava que haveria um momento de encontro com as demais autoras e eventuais leitores, e isso só engrandece ainda mais o projeto, na mesma medida em que nos dá esse espaço para interação”.

A autora também destaca a edição ter sido voltada às mulheres: “é comum que se desencoraje jovens escritores, especialmente as mulheres… Ainda é muito forte a cultura do ‘isso não é um trabalho sério’. Realmente acredito que ter contato com tais exemplos sirva de incentivo, ainda mais se tratando de obras de mulheres nascidas em cidades do interior do estado”, relata.

O encerramento do festival será marcado pela presença do escritor Miguel Sanches Neto, que ministra a palestra “Literatura como comunicação lúdica”, às 19h. Na ocasião, o autor também irá realizar o lançamento de dois livros infantis da sua nova Coleção Arma Palavra: “Estatuto de um novo mundo para os animais” e “Um cachorro chamado Saudade”.

Uma nova forma de viver a literatura: atividades lúdicas do festival 

Além da programação, o Festival Gralha Azul também oferece atividades imersivas durante todo o período do evento, fazendo alusão às 12 obras inéditas lançadas pela Biblioteca Gralha Azul nesta edição. 

As vivências literárias envolvem: brincadeiras tradicionais, jogo de tabuleiro, exposições e reflexões a respeito das novas produções. 

Dentre as ações, os acadêmicos do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa, através do projeto de extensão Núcleo de Produção Audiovisual, irão mediar a atividade que envolve a obra “A magia das araucárias”, relacionando o enredo do livro com a produção jornalística, onde os participantes poderão se colocar no lugar de repórteres.