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Fundador da Academia dos Campos Gerais lança livro em PG

Josué Corrêa Fernandes nasceu em Prudentópolis e também foi presidente da Academia
  • Categoria: Cultura
  • Publicação: 07/05/2024 18:38
  • Autor: Da Assessoria

Foto: Divulgação


Após cerca de duas décadas de pesquisa e de cinco anos de escrita, o livro 'Maragatos - A Guerra Civil no Paraná' será lançado no Paraná, contribuindo com mais informações e reflexões (algumas até então inéditas) sobre a Revolução Federalista, que completa 130 anos de seu término. O lançamento será realizado em 17 de maio (sexta-feira) às 19h30, em um coquetel na sede da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), com presença do autor, o advogado Josué Corrêa Fernandes, que ocupou cargos públicos no Paraná e foi um dos fundadores e também presidente da Academia de Letras dos Campos Gerais (1999).

'Maragatos - A Guerra Civil no Paraná' traça um amplo retrato do período em que a Revolução Federalista estourou no Sul do Brasil, entre 1893 e 1895, inicialmente no Rio Grande do Sul, espalhando-se depois para os estados de Santa Catarina e Paraná. A obra aborda, sobretudo, os impactos deste acontecimento histórico no território paranaense, incluindo estratégias políticas, o movimento das tropas dos federalistas "maragatos" e dos republicanos "pica-paus", a violência e as injustiças do conflito armado. 

Além do enfoque paranaense, traz como diferencial informações inéditas acerca do conflito (extraída de diversos documentos e publicações pesquisados pelo autor) e dá voz para personagens que até então foram pouco favorecidos em boa parte dos relatos históricos já lançados. “Juntei muita bibliografia e documentos relacionados e cheguei à conclusão de que a história a respeito da intervenção dos federalistas, especialmente no Paraná, não fazia justiça a esses revolucionários. Tanto na época que antecedeu a revolução, como depois”, afirma o autor Josué Corrêa Fernandes.

Entre os muitos episódios ocorridos no Paraná, alguns dos mais conhecidos são o Cerco da Lapa e o fuzilamento do Barão do Serro Azul. “O livro é fruto de 20 anos de pesquisa, feita de forma cuidadosa, porque o assunto suscita paixões até hoje”, explica Josué, que defende a ideia de que o acontecimento não foi apenas uma revolução. “Foi uma guerra civil, que envolveu os três estados do Sul do Brasil e deixou um passivo de cerca de 20 mil mortos”, relata.

Nessas duas décadas, foi possível compilar os acontecimentos de um viés mais profundo, dando voz aos personagens que, de fato, não receberam o justo reconhecimento pela participação honrosa e repleta de ideais. “O objetivo não é o de fazer a defesa dos maragatos, mas sim colocar histórias dos federalistas do Paraná de uma forma adequada, baseada em documentos, de modo a que não passassem a ser considerados meros degoladores ou pessoas sem idealismo”, explica Josué.

'Maragatos - A Guerra Civil no Paraná' tem 460 páginas, divididas em 27 capítulos. Ao final, traz um caderno de fotos históricas, com 34 páginas e uma seção de anexo, com 104 páginas, em que são reproduzidos textos de documentos de época, com grafia adaptada à ortografia do português-brasileiro contemporâneo. O volume conta ainda com um design arrojado e atrativo, impresso em papel pólen.